A entrega de medicamentos aos fins de semana para pacientes do SUS e a existência de clínicas credenciadas para atendimentos e exames médicos por especialistas estiveram entre as pautas discutidas na Câmara de Vereadores de Poços de Caldas (MG) na sessão desta terça-feira (10) pela vereadora Dra. Regina Cioffi, que encaminhou requerimentos para averiguar a situação dessas questões no município.
O uso adequado dos medicamentos prescritos pelos médicos e o início do tratamento no tempo adequado são fatores decisivos na recuperação dos pacientes. Com base nisso, a Dra. Regina questionou a logística adotada para que os pacientes atendidos pelas Unidades de Urgência e Emergência nos finais de semana e feriados tenham acesso aos medicamentos prescritos dentro do tempo indicado.
A vereadora busca, ainda, compreender as possibilidades de uma implementação de farmácias satélites, que estariam prontas para absorver as demandas de aviamento de receitas dos pacientes atendidos fora do período de segunda a sexta-feira.
Atendimento especializado
No Sistema de Saúde de Poços de Caldas, alguns exames e especialistas não estão à disposição aos usuários do SUS. Para resolver a questão, estabelecer convênios ou contratos entre o município e clínicas privadas é uma possibilidade que a Dra. Regina considerou ao requisitar informações sobre o tema.
A vereadora questiona se já existem clínicas credenciadas para atendimentos com especialistas e pondera sobre a possibilidade de uma parceria entre os hospitais públicos e privados da cidade para que a população seja beneficiada com um Sistema de Saúde cada vez mais completo e abrangente.
A questão do sobrepeso
Em Poços de Caldas, a Santa Casa realiza os procedimentos de cirurgia bariátrica, o que é chamado de atendimento terciário às pessoas com obesidade severa que demandam a cirurgia. Dra. Regina explica que os pacientes que necessitam do procedimento são atendidos primeiramente no PSF, o atendimento primário e logo encaminhados à cirurgia.
“Nós temos a alta complexidade para as cirurgias bariátricas e não temos o atendimento secundário, que é muito importante. Estive conversando com o responsável pelo serviço e ele me disse que esse seria um grande ganho no tratamento. É simples: alguns pacientes poderiam receber atendimento clínico especializado e até evitarem a cirurgia”, destaca a vereadora.
Já para prevenir a obesidade infantil, os vereadores aprovaram um pedido de informação sobre a não execução da Lei n. 8.692, de 31 de agosto de 2010, que instituiu o Programa de Combate à Obesidade Infanto Juvenil no Município.
A lei prevê que, a cada início de ano letivo, uma ação de prevenção à obesidade seja realizada através da medição da altura e peso, com identificação do IMC (Índice de Massa Corpórea). Assim, caso sejam constatadas alterações acima do normal, a criança é encaminhada ao PSF para receber o atendimento necessário, capaz de prevenir problemas futuros de saúde. “Eu fiz essa colocação com a intenção de que o executivo implemente isso nas escolas. É uma ação muito simples, mas que faz toda a diferença”, conclui a vereadora.