A vereadora Dra. Regina encaminhou ao prefeito Sérgio Azevedo (PSDB) uma moção de apelo para que o poder executivo, junto da empresa responsável pelo estacionamento rotativo em Poços de Caldas, reveja o sistema de pagamento da Zona Azul. A moção foi feita após inúmeras reclamações da população que recebe multas constantes da empresa por não conseguir regularizar o pagamento.
As queixas são feitas porque, mesmo com a intenção de regularizar as tarifas, o pagamento é feito com muitas dificuldades quando os motoristas conseguem efetivá-lo. O maior problema relatado pelos usuários da Zona Azul é que muitas vezes os motoristas não conseguem pagar as tarifas, ora porque o aplicativo e o equipamento do parquímetro não funcionam, ora porque os agentes não estão disponíveis próximo ao local de estacionamento.
Sem conseguir efetuar o pagamento, os motoristas recebem uma notificação cujo valor para regularização do estacionamento passa a ser de R$ 11,75. Durante a sessão da Câmara de Vereadores dessa terça-feira (26), Dra. Regina manifestou sua indignação. “É um absurdo que sejam criadas multas e multas para a população. Pessoas de boa fé, que querem pagar a tarifa, acabam sendo penalizadas pela gestão operacional incompentente. Eu fiz um pedido de informação sobre a manutenção dos equipamentos. Dizem que é feita direto, mas eu não acredito. Eu mesma fui tentar fazer e não consegui. O executivo tem que se sentar com o responsável e rever essa situação”, pontua a vereadora.
Dra. Regina sugere, ainda, medidas provisórias até que o problema seja solucionado. “Seria interessante até uma suspensão do serviço até que se comprove que estão fazendo o serviço certo, que há agentes suficientes. E não só pela questão dos parquímetros, muitas vezes não se consegue nem utilizar o aplicativo”, finaliza.
Na tribuna
Na última sessão, a tribuna da Câmara recebeu, a convite da vereadora Dra. Regina, a convidada Gisele Corrêa Ferreira, diretora da GSC Eventos Especiais para tratar do projeto de candidatura de Poços de Caldas à Rede de Cidades Criativas, que compõe o Circuito Internacional pela Literatura, da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO).
Gisele compartilhou que o trabalho vem sendo feito há dois anos e meio e se trata de uma preparação da cidade para conseguir um pleito internacional de Cidades Criativas da Literatura, que acontecem desde 2004 para promover a cooperação entre cidades que veem a criatividade como fator do desenvolvimento urbano..
A nível local, o projeto se chama Poços Literária e é desenvolvido por membros voluntários do Polígono Sul-mineiro do Livro. A convidada destacou que oito cidades brasileiras já têm a Rede de Cidades Criativas, mas nenhuma no campo da literatura.
A obtenção do título depende de um trabalho árduo que envolve também o poder público e demanda recursos financeiros para contratação de pessoal, desenvolvimento de site e assessorias.
Quando pleiteado, o projeto trará muitos benefícios para a cidade, como visibilidade internacional, ações que incentivam o turismo e apoiam o desenvolvimento de projetos literários também na área da educação.