A Sessão Ordinária da Câmara Municipal de Poços de Caldas da terça-feira, 03, ficou marcada pelo deferimento da CPI da Saúde. Para a vereadora Dra. Regina, ao comentar o assunto em plenário, o legislativo precisa cumprir seu papel fiscalizador a respeito das supostas irregularidades apontado na Secretaria Municipal de Saúde.
De acordo com ela, o volume de denúncias é muito grande e caberá aos vereadores apurá-las para confirmar a veracidade dos fatos. Dra. Regina disse também que ficou extremamente assustada quando soube, em conversas com colegas médicos, o tipo de tratamento que eles têm recebido por parte das empresas terceirizadas da área que prestam serviço no munícipio.
“Falta de alimentação nos plantões de 12 horas, que quiser que leve comida de casa pois hospital não é hotel. Roupa de cama, o médico que quiser que providencie, caso contrário terá que dormir em colchões sujos. São médicos comprometidos e sérios que conversaram comigo e pediram para não serem identificados com medo de perseguição”, afirmou a vereadora.
Dra. Regina também se mostrou preocupada com a população que tem sofrido com a falta de atendimento por médicos especialistas. “Onde estão as especialidades contratadas pelas empresas terceirizadas? São inúmeros os relatos de pessoas que não tem conseguido atendimento nesse sentido. Todos sabem da minha luta pela humanização no atendimento e o que tenho visto na prática é algo totalmente diferente disso”, disse.
Ainda de acordo com ela, já existem documentos que comprovam as denúncias, inclusive, que vão investigados na CPI. “Não se trata de falácias, claro, uma coisa ou outra pode ser exagero sim, mas temos que apurar, ninguém está querendo crucificar ninguém. O que não pode é o povo sofrer. O que não pode é a saúde, que é o bem maior, contratar empresas que tratam os profissionais desta maneira”, disse a vereadora, que também atua há anos em um PSF do sistema municipal de saúde.
Dra. Regina se posicionou a favor da CPI, ressaltou sua importância e a necessidade de sua condução com responsabilidade. Para ela, há a necessidade de contratação por parte da Câmara Municipal de uma assessoria especializada para que não haja nenhum tipo de diretriz que deixe ser investigada, afinal, falar em saúde, gestão, horas extras e contratos não é tarefa fácil.
PLANO DIRETOR
Ainda na Sessão Ordinária, Dra. Regina falou sobre a sua cobrança a respeito de informações por parte do Executivo a respeito da publicação do edital cujo objeto seria a contratação de estudos técnicos especializados para elaboração de um novo Plano Diretor.
Dra. Regina fez questão de lembrar que quando aprovada a revisão do Plano Diretor, no segundo semestre de 2022, houve o compromisso do chefe do executivo de que seria aberto um edital para a contratação de uma empresa especializada para a realização dos estudos e diagnósticos necessários e que até agora isso não aconteceu. “Faltou palavra”, comentou.
RECREATIVA
Dra. Regina também se posicionou de forma firme com uma fala do empresário Rubens Mussolin da empresa “A Recreativa” que em uma entrevista chamou os vereadores de irresponsáveis por cobrarem informações a respeito do contrato de inexigibilidade da prefeitura com a empresa no valor de R$ 2 milhões para a implantação de um projeto educacional. Mussolin foi convidado para comparecer à Câmara e justificar suas afirmações.