Durante o uso da Tribuna da Câmara Municipal de Poços de Caldas durante a Sessão Ordinária da terça-feira, 26, a vereadora Dra. Regina denunciou a situação de falta de leitos hospitalares na cidade cuja situação, de acordo com ela, é extremamente grave. “É gravíssima, mais do que vocês possam pensar”, alertou.
A parlamentar informou que entre os anos de 2001 e 2003, a Santa Casa contava com 188 leitos e que a situação atual a fez apresentar um pedido de informações para que possa ter dimensão do quadro real sobre o tema uma vez que, a falta de leitos, está gerando um problema muito sério para os munícipes, especialmente os idosos.
Dra. Regina lembrou também que com o outono, a queda brusca das temperaturas e o início do inverno, são comuns as doenças respiratórias, que acometem mais os idosos e os levam para o Hospital Margarita Morales e a UPA. “Nesse momento, a estrutura hospitalar da cidade não é condizente com o tratamento que as pessoas precisam”, disse a vereadora.
“Estamos com aproximadamente 168 mil habitantes e temos 237 leitos. Somos gestão plena, temos orçamento de R$ 270 milhões e não se consegue resolver a questão dos leitos hospitalares”, disse Dra. Regina. “Pessoas podem morrer sem atendimento, em um hospital enquanto aguardam uma solução”, finaliza.
Ainda durante a sua fala, a vereadora disse que a Santa Casa conta com 140 leitos clínicos e cirúrgicos. Já o Santa Lúcia, 97. Na UTI Neonatal são 17 leitos, sendo credenciados para atendimento de pacientes do SUS apenas 6 leitos.
CONTRATOS DA SAÚDE
Em virtude da grande quantidade de denúncias, a vereadora Dra. Regina apresentou também um pedido de informações para que o Executivo encaminhe à Câmara toda a documentação referente aos contratos firmados pela Secretaria Municipal de Saúde nos últimos cincos anos. Também solicita a relação de todos os profissionais de saúde contratados, com as devidas escalas de trabalho, inclusive os que foram renovados. Também assinam o pedido de informações os vereadores Douglas Souza (União Brasil), Roberto Santos (Republicano) e Luzia Martins (PDT).
O documento cita o quesito da “impessoalidade em relação aos contratos, que deve ser observada na existência ou direcionamento dos processos de seleção das entidades” e “quesitos da legalidade e moralidade na análise dos requisitos e da capacidade operacional das entidades e na comprovação da aplicação dos recursos na execução do objeto”. O pedido de informações também ressalta que “no planejamento das terceirizações deve constar estudos prévios demonstrando que a terceirização de mão de obra é a melhor opção para o ente contratado” e que, “outro fator importante, é o planejamento do orçamento prévio e planilha detalhada de custos, para que não haja superfaturamento do serviço a ser prestado”.