Dra. Regina Cioffi

Oncologia pediátrica e a importância do atendimento especializado

Se você leu o último artigo sobre o retinoblastoma – o tumor que ataca a retina principalmente de crianças até os cinco anos – pode até pensar que o tema é repetido. Mas a verdade é que o câncer infantil é um problema grave em todas as suas manifestações e a necessidade de um tratamento específico precisa ser levada em consideração.

Até meados dos anos 1970, a medicina acreditava que o tratamento dos diversos tipos de câncer que acometem as crianças poderia ser o mesmo oferecido aos adultos. Hoje, sabemos que os tumores evoluem mais rápido nos pequenos, já que atingem um ser em formação.

Em contrapartida, o tratamento também costuma ser eficaz na maioria dos casos porque a resposta às terapias é geralmente mais rápida quando o diagnóstico é feito a tempo e o tratamento adequado pode ser oferecido.

Aqui entramos em um ponto importante. Em meus 34 anos de carreira como pediatra, infelizmente atendi muitos casos de câncer infantil, em alguns inclusive não foi possível salvar o paciente.

A experiência como médica e também como vereadora, acompanhando de perto o atendimento oncológico oferecido aos pacientes em Poços de Caldas não deixa dúvidas: nós precisamos de uma oncologia infantil.

Os pais das crianças que recebem esse diagnóstico, além do desafio de enfrentar a doença de seus filhos, sofrem com os transtornos de procurar tratamento em centros de referência fora de nossa cidade.

Com a experiência positiva do UNACON reforçamos, além da necessidade, a possibilidade de oferecer tratamento de qualidade também aos pacientes da oncologia infantil com o conforto que eles – e suas famílias – merecem.

E nunca é demais salientar a importância dos diagnósticos precoces em todos os casos de doenças graves,inclusive o câncer infantil. Nesse mês de fevereiro, a cor laranja dá o tom da campanha que alerta sobre a Leucemia, que atinge crianças e adultos.

A doença é uma mutação genética que faz com que os glóbulos brancos percam sua função de defesa no organismo e passem a se reproduzir de forma desordenada. A principal característica é o acúmulo dessas células doentes na medula óssea.

E já que o assunto é salvar nossas crianças com o atendimento na oncologia infantil, é hora de falar de outro ponto que salva vidas e depende diretamente de nós: doar sangue e se cadastrar como doador de medula óssea!

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