Dra. Regina Cioffi

Turismo: vocação, planejamento e recuperação

Quem visita Poços de Caldas descobre que seu encanto não acabe apenas em uma foto. São diversas as praças, as quedas d’água, a arquitetura que conta nossa história, a cultura que está no ar.Com tanto a sentir e conhecer, é natural que o turismo esteja no DNA da cidade. Contudo o setor sentiu muito forte os impactos negativos da pandemia.

De acordo com a Confederação Nacional do Comércio de Bens Serviços e Turismo (CNC), no Brasil, pelo menos 49,9 mil estabelecimentos, com vínculos empregatícios, fecharam entre março e agosto de 2020. Os que mais sofreram foram os empreendimentos micro e de pequenos portes. Em Minas Gerais foram menos 5,4 mil.  Em Poços de Caldas não foi diferente. É perceptível que o número de visitantes diminuiu e toda a cadeia do turismo apresentou queda nos faturamentos.

Mesmo com a chegada da vacina, a pandemia da covid-19 não tem data para acabar. Enquanto isso, é preciso pensar alternativas para ajudar esse setor da economia e fomentar a vinda dos turistas. Com grandes desafios vem também mais oportunidades para inovar. Segundo levantamento do Booking.com, site internacional de reservas,55% dos usuários pretendem conhecer um novo destino na região em que moram.

Essa e outras pesquisas apontam para essa situação: o turismo regional e doméstico mais viável para recuperação do setor. É o momento de reapresentar Poços, por meio de um turismo inteligente, com diretrizes e, principalmente, gestão.

Pontos turísticos

Uma das maneiras de fortalecer o turismo é por intermédio da parceria público-privada na concessão e administração dos pontos turísticos. Atualmente, eles estão sucateados, sem estrutura que valoriza e dignifica as belezas naturais de Poços. O município não tem recursos suficientes para fazer as mudanças necessárias e por isso a parceria é viável.

Quando a empresa concessionária paga uma taxa justa à cidade para a exploração de tais locais, existe o benefício da manutenção – que hoje a cidade não consegue fazer – e mais uma vertente de renda no segmento. Obviamente, com opções de acesso facilitadas aos moradores, essa é uma opção para oferecer melhores condições para os que frequentarem esses locais.

Turismo é atividade meio

Atividade-meio é um termo muito usado na rede privada. Ele é usado para definir aquela atividade que não é inerente ao objeto ou atribuição principal da pessoa jurídica. Um exemplo: uma fábrica de celulares, a atividade-fim dela é produzir os aparelhos e as atividades-meio são a limpeza do espaço, a manutenção das máquinas, ou seja, outras movimentações necessárias, para que a atividade-fim aconteça.

No setor público as atividades-fim são: a educação, a saúde, o saneamento básico, a segurança pública entre outras. O turismo é um setor que mobiliza e transpassa inúmeros outros segmentos, como comércio, restaurantes, logística, mercado de aluguéis. Logo, ao fortalecer ele há a geração de emprego e renda dentro de uma grande cadeia.

Poços de Caldas é única e merece esse destaque. Precisamos estar prontas(os) para quando as atividades econômicas voltarem estarmos na frente. Preparados para potencializar nossas qualidades e mitigar ao máximo danos ainda maiores. É momento de diagnóstico e planejamento.

E você, o que acha? Quando o fluxo voltar qual sua sugestão para o turismo local e regional? Vamos conversar sobre o assunto? Meu gabinete está aberto e meu WhatsApp é (35) 99767-4613.